Teve início na manhã desta quinta-feira (1º/08), na cidade de Recife-PE, o 1º Encontro Nacional de Inteligência Artificial dos Tribunais de Contas, que tem como objetivo fomentar a governança da adoção da Inteligência Artificial (IA) no âmbito das Cortes de Contas, com espaço para o compartilhamento de experiências, integração e discussão técnica sobre o assunto.
O Encontro, cuja programação segue até o dia 02 de agosto (sexta-feira), é realizado conjuntamente pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), Instituto Rui Barbosa (IRB) e Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), reunindo servidores, especialistas e pesquisadores nas áreas de Tecnologia da Informação, Controle Externo, Gestão e Governança do Brasil e de outros países que falam oficialmente a Língua Portuguesa.
Citando os princípios da Confederação do Equador, movimento que ocorreu no Brasil entre os anos de 1824 e 1825, e tinha como foco a busca por uma maior autonomia para as províncias nordestinas em relação ao Governo Central, localizado no estado do Rio de Janeiro, o Presidente do IRB, Conselheiro Edilberto Pontes, enfatizou que o movimento fez nascer as bases para o que hoje conhecemos como Federalismo.
“Neste evento, importantíssimo para o desenvolvimento da Administração Pública, nós temos uma clara demonstração de Federalismo, onde os estados não precisam necessariamente serem coordenados por um Governo Central que apresenta um modelo o qual devemos todos seguir. Vemos um evento onde um Tribunal de Contas estadual conclama todos os outros Tribunais de Contas para juntos dialogarmos e compartilharmos experiências sem imposições”, ponderou.
Ainda durante sua fala, o Presidente do IRB compartilhou os estudos conduzidos pelo cientista britânico Al-Khalili, que apontou três cenários possíveis resultantes dos avanços da Inteligência Artificial. No cenário utópico, a IA é usada de maneira responsável e ética, levando a avanços significativos em várias áreas da sociedade. Num contexto em que o desenvolvimento da IA segue um caminho descontrolado e mal regulamentado, resultando em várias consequências negativas, Al-Khalili aponta que teremos um cenário distópico. O último cenário descrito pelo cientista, e apresentado pelo Conselheiro Edilberto Pontes, é o de estagnação, onde o desenvolvimento da IA não atinge todo o seu potencial devido a uma combinação de fatores, incluindo medo, falta de investimento, e regulamentação excessivamente restritiva.
“Com a correta utilização a inteligência artificial a produtividade dos Tribunais de Contas aumentarão, e muito. Um trabalho antes exercido por 10 servidores poderá ser executado por apenas um. Isso é um fator importantíssimo que irá contribuir para que os Tribunais possam analisar e julgar 100% dos seus processos”, finalizou.
A programação completa do 1º Encontro Nacional de Inteligência Artificial dos Tribunais de Contas pode ser acessada na íntegra clicando no link do hotsite do evento, ou acompanhando às palestras simultaneamente por meio do Canal TV TCE-PE, no YouTube.